Paisagem da Janela

Paisagem da Janela

quarta-feira, 7 de abril de 2010

(Re)descobertas

Compreender que a vida é dinâmica é um grande exercício de paciência e transcendência da forma que estamos no mundo. Perceber que o destino não está em nossas mãos e que o mundo está em eterno movimento é uma forma de estarmos conectados com Gaia de uma maneira mais doce e saudável.
Nem sempre aquilo que sonhamos ou almejamos pode ser alcançado e este é um dos grandes ensinamentos que podemos desfrutar desta nossa passagem por aqui.
Tenho aprendido que a observação e o silêncio são preciosos instrumentos de fortalecimento interior e que nem sempre as palavras são as melhores formas de comunicar nossos sentimentos e nossas aprendizagens.
Saber que cada momento é único e especial têm sido um processo muito rico para mim, e que me auxilia na busca de um crescimento interno lento e gradual, doloroso em alguns momentos mais extremamente satisfatório.
Desfruto cada vez mais de cada pequeno momento de vida e aprendo valiosas lições de como me portar no mundo e na vida. Troco ensinamentos e experiências, sinto e vivencio diferentes olhares pela vida e sobre as pessoas...
Ou seja estou me nutrindo do diferente, engolindo palavras e digerindo sentimentos... Acho que esta é uma forma, muito valiosa, que tenho encontrado a felicidade, que não é plena, mas que se faz constante, e é do jeito que tem que ser, da forma que tem que ser e no momento que tem que ser!!!

Paisagem da Janela

Da janela lateral do quarto de dormir
Vejo uma igreja um sinal de glória
Vejo um muro branco e o voo de um pássaro
Vejo uma grade e um velho sinal...
Mensageiro natural de coisas naturais

Quando eu falava dessas flores mórbidas
Quando eu falava desses homens sórdidos
Quando eu falava desse temporal
Você não me escutou
Você não quis acreditar
Mas isso é tão normal
Você não quis acreditar
E eu apenas era...
Cavaleiro marginal
Lavado em ribeirão
Cavaleiro negro que viveu mistérios
Cavaleiro e senhor de caça e árvores
Sem querer descanso nem dominical
Cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Conheci as flores e os cemitérios
Conheci os homens e os seus velórios
Eu olhava da janela lateral
Do quarto de dormir
Você não quis acreditar

Mas isso é tão normal
Você não quis acreditar
Mas isso é tão normal
Um cavaleiro marginal
Banhado em ribeirão
Você não quis acreditaaaaar...