Conversamos, comemos, fumamos, caminhamos, trabalhamos juntos, maneiras de fazer o amor sem entrar-se, e os corpos vão se chamando enquanto viaja o dia rumo à noite.
Escutamos a passagem do último trem. Badaladas no sino da igreja.. É meia noite.
Nosso trenzinho próprio desliza e voa, anda que te anda pelos ares e pelos mundos, e depois vem a manhã e o aroma anuncia o café saboroso, fumegante, recém-feito. De sua cara sai uma luz limpa e seu corpo cheira a molhadezas.
Começa o dia.
Contamos as horas que nos separam da noite que vem. Então, faremos o amor, o tristecídio.
POESIA DE EDUARDO GALEANO - DO LIVRO MULHERES... Página aberta ao acaso, mas que traz a inspiração para que eu possa (re)inventar meu mundo a cada dia!!! Oxalá!